segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ENCONTRO DE COORDENADORES E PROFESSORES - 4º E 5º ANOS; PERCORRENDO OS CAMINHOS DO LETRAMENTO E NUMERAMENTO.

DISCIPLINAS: PORTUGUÊS E MATEMÁTICA

APOIO: IRERÊ FERREIRA DE SOUSA
Governador do Estado do Rio Grande do Norte

OTÁVIO AUGUSTO DE ARAÚJO TAVARES
Secretário Estadual da Educação e da Cultura

SALIZETE FREIRE SOARES
Secretária adjunta do Estado da Educação e da Cultura

FLÁVIO JOSÉ OLIVEIRA SILVA
Chefe de Gabinete

DOMINGOS SÁVIO SILVA DE OLIVEIRA
Coordenador da coordenadoria de desenvolvimento Escolar

MARIA DO CARMO FREIRE
Subcoordenadora de Ensino Fundamental

SUELY MARINHO DE ANDRADE
Subcoordenadora de Ensino Fundamental

LOCAL DO ENCONTRO
CENTERN; SÃO JOSÉ DO MIPIBU
PERÍODO - DIAS: 27,28 e 29 de SETEMBRO

PROFESSORES FORMADORES DE MATEMÁTICA

Anilda Pereira da Silva Guimarães
Edilson Maia
Francisco Maurício de Macedo
Marcia Maria Alves de Assis
Rosalba Lopes de Oliveira

Objetivo da Formação de Matemática
* Aprofundar estudos, com professores e coordenadores, sobre frações e números decimais por meio de atividades diversificadas que possibilitem a melhoria na prática docente aprendizagem do aluno.




EQUIPE RESPONSÁVEL (PORTUGUÊS)

Ana Maria Carvalho Silva Spínola
Edna Maria Gomes Cavalcanti
Gerlane Fernandes da Silva Félix
Giuliane Pinheiro de Oliveira
Maria Edilene de Almeida Queiroz
Maria Marlene Alves Barreto
Terezinha Omar de Lima
Vânia Maria Benevides

TECENDO POEMAS - A CONSTRUCÃO DO SER POÉTICO.
                       
 A PALAVRA CHAVE               

A palavra chave
já não fecha
nem abre

A palavra amor
muda de cor

a palavra verde
amadurece

A palavra ave
voa no papel.
Horácio Dídimo



 COMO TRABALHAR POESIA COM AS CRIANÇAS ?

          São tantos os elementos para se trabalhar poesia com as crianças, em sala de aula... O ler em voz alta um poema amado com atenção que ele despertou... O encontrar poesias que mexeram com o sensorial de cada um (visão, olfato, paladar...) e perceber como aconteceram escolhas diferentes por razões diferentes... O procurar poemas que falem de assuntos paralelos, parecidos, mas tratados de outra forma, valorizados por outro ângulo... O trocar experiências pessoais a partir de um poema que tenha sido vivido - por cada leitor - à sua maneira, no seu momento de vida, de modo mais abrangente, mais específico ou mais distanciado.
          O ter um caderno, um álbum, uma agenda, onde anotar poemas inteiros ou versos que pareceram particularmentes belos ou sábios ou perspicazes ou esclarecedores ou incríveis... O musicar, tornando cantigas, algumas expressões poéticas, que dão aquela vontade  de criar uma melodia. O escrever os próprios, a partir dum jogo de rimas - fáceis ou difíceis - de significados, de inversões, de brincadeiras com o sentido das palavras , através da cor, da textura, do movimento de cada palavra, cada frase ou estrofe...
          SE A PROFESSORA FOR LER UM POEMA PARA A CLASSE - que o conheça bem, que o tenha lido várias vezes antes, que o tenha sentido, percebido, saboreado. Para que passe a emoção verdadeira, o ritmo e a cadência pedidos, que sublinhe o importante, que faça pausas para que cada ouvinte possa cobrir -  por si próprio - cada passagem, cada estrofe, cada mudança...
          Que a criança goste de ler, de sorver devagarinho, sem pressa, a poesia que encontrar... Que, ao folhear um livro, saiba preparar numa passagem bem escrita e que saboreie esse momento de boniteza  que o autor elaborou. Ou, ao se deparar com o mal escrito, com o todo, com o desprovido de emoção e sensações, com o texto apressado, mal resolvido, que perceba e registre o quanto aquilo não quer dizer absolutamente nada...E que comente, fale e leia alto, pra demonstrar seu espanto - não com o bom e o novo, mas com o malfeito e o batido...
          E, SE FOR SELECIONAR ALGUMA POESIA PRA SER LIDA PELAS CRIANÇAS, que não seja a escrita por iniciantes, que ainda estão à procura da forma. É melhor recorrer àqueles autores que já dominam o verbo, constroem o verso, controlam o ritmo, sabem eliminar o supérfluo, para condensar - de modo exato e belo - as imagens, e provocar encantamento, suspiros, concordância, gostosura, sorriso, vontade de querer mais, de repetir, de dizer "Ah, é isto!" ou "Oh, é aquilo!", de precisar ler de novo pra melhor se inteirar, pra compreender lá no fundinho ou descobrir algo que - na primeira ou na segunda leitura - não foi percebido... de até querer guardar - dum modo especial - palavras que abriram as portas da compreensão dum modo mágico e sábio (que nem se intuía, imaginava ou percebia que era assim...).
          Pois, como escreveu um dia, lindamente, o poeta Oswaldo de Andrade:
          "Aprendi com meu filho de dez anos
          Que a poesia é a descoberta 
          Das coisas que nunca vi

Texto extraído do livro Literatura Infantil: gostosuras se bobices, de Fanny Abromovich.







 

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